quarta-feira, 30 de março de 2011

Elementais e seres das florestas Míticos brasileiras.


Curupira:

O Curupira é uma figura do folclore indigena brasileiro. De curu, contrato de corumi, e pira, corpo, corpo de menino. O curupira é representado por um anão, cabeleira rubra e corpo peludo. Tem a particularidade de ser descrito sem os órgãos sexuais (no Pará); com dentes azuis ou verdes e orelhudo (no rio Solimões) e com os pés virados para trás (no rio Negro), ou seja, com calcanhares para frente de modo a suas pegadas enganarem aqueles que o tentarem perseguir. Em outras versões tem enormes orelhas ou é totalmente calvo. Pode ou não portar um machado e em uma versão chega ser feito do casco de jabuti.



O encantado tenta sair da mata, mas não consegue. Surpreende-se passando sempre pelos mesmos locais e percebe que está na verdade andando em círculos. Em algum lugar bem próximo, o Curupira está lhe observando: "estou sendo mundiado pelo Curupira", pensa o encantado. Daí só resta uma alternativa: parar de andar, pegar um pedaço de cipó e fazer dele uma bolinha. Deve-se tecer o cipó muito bem escondendo a ponta, de forma que seja muito difícil desenrolar o novelo. Depois disso, a pessoa deve jogar a pequena bola bem longe e gritar: "quero ver tu achares a ponta". A pessoa mundiada deve aguarda um pouco para recomeçar a tentativa de sair da mata.
Uma coisa que o estudante dos mitos deve tirar da cabeça é aquela figura do Curupira, como um simples menino levado. Nada poderia ser menos fidedigno do que imaginar essa criatura com a inocência e a ingenuidade de uma criança. O Curupira original, aquele que assombrava as noites dos índios e os sonhos dos bandeirantes é um dos seres mais perigosos e maliciosos que a cultura brasileira possui. As histórias vindas desde os tempos em que os índios apenas habitavam as terras brasileiras, contam casos de investidas violentas para ele proteger a floresta, abusos sexuais, rapto de crianças e horror psicológico.

É um mito antigo no Brasil, já citado por José de Anchieta, em 1560:
"É cousa sabida e pela bôca de todos corre que há certos demôniose que os Brasis chamam Corupira, que acometem aos índios muitas bezes no mato, dão-lhe açoites, machucam-nos e matam-nos. São testemunhas disto os nossos irmãos que viram algumas vêzes os mortos por êles. Por isso, costumam os índios deixar em certo caminho, que por ásperas brenhas vai ter ao interior das terras, no cume da mais alta montanha, quando por cá passam, penas de aves, abanadores, flechas e outras cousas semelhantes, como uma espécie de oblação togando fervorosamente aos Curupiras que não lhes façam mal." 

 Protege a floresta e os animais que nela habitam, espantando os caçadores que não respeitam as plantas e a caça, ou seja, que não respeitam o período de procriação e amamentação dos animais e que também caçam além do necessário para a sua sobrevivência e lenhadores que fazem derrubada de árvores de forma predatória.



O Curupira solta assovios agudos para assustar e confundir caçadores e lenhadores, além de criar ilusões, até que os malfeitores se percam ou enlouqueçam, no meio da mata. O encantado tenta sair da mata, mas não consegue. Surpreende-se passando sempre pelos mesmos locais e percebe que está na verdade andando em círculos. Em algum lugar bem próximo, o Curupira está lhe observando: "estou sendo mundiado pelo Curupira", pensa o encantado. Daí só resta uma alternativa: parar de andar, pegar um pedaço de cipó e fazer dele uma bolinha. Deve-se tecer o cipó muito bem escondendo a ponta, de forma que seja muito difícil desenrolar o novelo. Depois disso, a pessoa deve jogar a pequena bola bem longe e gritar: "quero ver tu achares a ponta". A pessoa mundiada deve aguarda um pouco para recomeçar a tentativa de sair da mata.
Seus pés virados para trás servem para despistar os caçadores, que ao irem atrás das pegadas, vão na direção errada. Para que isso não aconteça, caçadores e lenhadores costumam suborná-lo com iguarias deixadas em lugares estratégicos. O Curupira, distraído com tais oferendas, esquece-se de suas artes e deixa de dar suas pistas falsas e chamados enganosos.
Os seringueiros e caçadores para se protegerem do curupira adaptaram um costume indigena: fazem oferendas de pinga e fumo na entrada da floresta.
Ao deliciar-se com a oferenda ou ao sentar-se na sobra das mangueiras para comer os frutos. Lá fica entretido ao deliciar cada manga ou gole de pinga. Mas se percebe que é observado, o Curupira logo sai correndo, e numa velocidade tão grande que a visão humana não consegue acompanhar. "Não adianta correr atrás de um Curupira", dizem os caboclos, "porque não há quem o alcance".

Saci-Pererê

O Saci-Pererê é uma assombração das matas e áreas rurais. Que teve sua origem presumida entre os indígenas da região das Missões, no Sul do país, por onde se espalhou em sua quase totalidadeSua figura, muito pequenina, é a de um negrinho perneta. Usa um gorro vermelho, fuma um cachimbo rudimentar, o pito, e tem as mãos furadas. O mito do saci é o resultado da convergência e mistura das crenças das três etnias que, historicamente, entre a colonização e o Império, formaram o povo brasileiro: índios, portugueses e negros.



Entre os tupi-guarani, relaciona-se a uma ave chamada Matinta-Perê [ou Matinta-Pereira] que, postada sobre uma só perna, emite um canto sombrio considerado de mau-agouro. Até hoje, uma das características e sinal da presença do saci é o seu assovio. A tradição, nascida no extremo sul, migrou com os índios para o centro-oeste e sudeste chegando, eventualmente ao norte-nordeste do país. É de origem indígena a denominação popular da ave: Saci, também chamada de "Peito-ferido".
Os portugueses fundiram a idéia da ave com as também pequenas criaturas dos bosques europeus, anõezinhos, alguns malvados, outros, apenas travessos que aparecem nos contos de fadas, como no clássico de Grimm Rumpelstiltskin: "um anãozinho muito feio dançando em uma roda de fogo com uma perna só". A idéia do pássaro foi, então, antropomorfizada. Mais tarde, os negros forneceram sua contribuição concebendo os sacis como almas penadas de crianças mestiças, bastardas, fruto das relações entre escravas e senhores, rejeitadas e freqüentemente abandonadas nas matas.

Finalmente, quando o mito se consolidava, entre os séculos XVIII e XIX, surgiu uma versão sobre o nascimento dos sacis, descrita por Monteiro Lobato em sua obra infanto-juvenil O Saci: eles nasceriam nos seguimentos do bambu gigante chamado Taquaruçu onde se desenvolveriam até que, estando plenamente e magicamente formados, incluindo o gorro e o pito, rompiam as hastes e ganhavam o mundo passando a freqüentar fazendas e vilarejos onde praticam suas "artes": gorar ovos, chupar o sangue das vacas e cavalos, destes, também se ocupando em trançar-lhes as crinas, rezando o milho nas panelas para frustrar o desabrochar das pipocas, azedando o leite, gorando ovos, roubando fumo, que tanto apreciam, fazendo sumir pequenos objetos para perturbar a ordem doméstica, confundindo o caminho dos tropeiros e viajantes, assustando os animais com seu peculiar assovio.Essas travessuras, o saci faz somente para se divertir.

Como assombração que é, o saci tem o poder de aparecer e desaparecer por encanto e capturá-lo é é um procedimento relativamente difícil Segundo a tradição, relatada por Monteiro Lobato, a circunstância ideal para pegar um saci é em dias de ventania, quando aparecem redemoinhos de poeira e folhas secas. Produzir esses redemoinhos é uma das diversões dos sacis que, girando sobre a perna única, posicionam-se no centro da formação. O "caçador", munido  com uma peneira "cruzeta" [que tem duas faixas em cruz como reforço no bojo], uma garrafa de vidro bem escuro e uma rolha também marcada com uma cruz na parte superior, aproxima-se do redemoinho e lançando a peneira bem no meio, aprisiona o duende.

Em seguida, introduz a boca da garrafa levantando minimamente a peneira: o saci, buscando a escuridão, refugia-se dentro da garrafa que, então, deve ser rapidamente arrolhada. Lá permanecerá invisível, mais um truque para fazer com que pensem que conseguiu escapar. No entanto, em um dia de muito calor, quando o captor estiver imerso em profunda sonolência, ele se mostrará. Quem, além de capturar, conseguir se apossar do gorro do duende, adquire poder sobre ele, que se torna um escravo de quem realizar a proeza.

A função desta "divindade menor" era o controle, sabedoria, e manuseios de tudo que estava relacionado às plantas medicinais, como guardião das sabedorias e técnicas de preparo e uso de chá, mezinhas, beberagens e outros medicamentos feitos a partir de plantas.
Como suas qualidades eram as da farmacopéia, também era atribuído a ele o domínio das matas onde guardava estas ervas sagradas, e costumava confundir as pessoas que não pediam a ele a autorização para a coleta destas ervas

Besta Fera:

A Besta-fera ou bestafera é um ser mítico do folclore português. A Besta-fera é um bicho feroz, de traços indefinidos comedor de gente que solta um rugido assustador. No sentido figurado é usado para se referir a uma pessoa cruel e sem coração. A Besta ladrador é referida na novela de Amadis de Gaula como sendo uma Besta-fera: "Fora-se Amadis a desafiar a medonha besta-fera no seu fojo de rochas.

No adagiário popular diz-se que "Não há besta-fera que não se alegre com a sua companheira"
 O mito deste animal fantástico terá sido levado para o Brasil pelos colonizadores portugueses.
Também se diz que a Besta-fera é uma versão brasileira do centauro, e é muitas vezes empregada em sentido figurado para se referir a alguém que é extremamente irritado. Segundo a lenda, acredita-se que ele é o próprio Diabo, que sai do Inferno em noites de lua cheia.


http://t2.gstatic.com/images?q=tbn:ANd9GcQTvyrFxKnTaCjyZPBcsZGCHsMU4yFFRsVRC_XvPtwdhSwgbZkUSQ
A Besta-fera tem o corpo de cavalo e o torso humano. Ele corre pelas aldeias, até encontrar uma tumba, na qual desaparece. O som de seus cascos é suficiente para aterrorizar as pessoas. Uma matilha de cães o segue; a Besta os chicoteia, e também a outros animais que encontra pelo caminho. Segundo a lenda, embora terrível, este homem-cavalo não é tão perigoso para as pessoas. A tradição diz que quando uma pessoa vê o seu rosto, ela enlouquece por vários dias, mas se recupera depois.

Boitatá:

Boitatá é um termo tupi-guarani, o mesmo que Baitatá, Biatatá, Bitatá e Batatão, usado para designar, em todo o Brasil, o fenômeno do fogo-fátuo e deste derivando algumas entidades míticas,  um dos primeiros registrados no país. O nome seria a junção das palavras tupis boi e tatá, significando cobra e fogo.

Em 1560 registrou o Padre José de Anchieta:

"Há também outros (fantasmas), máxime nas praias, que vivem a maior parte do tempo junto do mar e dos rios, e são chamados baetatá, que quer dizer cousa de fogo, o que é o mesmo como se se dissesse o que é todo de fogo. Não se vê outra cousa senão um facho cintilante correndo para ali; acomete rapidamente os índios e mata-os, como os curupiras; o que seja isto, ainda não se sabe com certeza."

No folclore brasileiro, o Boitatá é uma gigantesca cobra-de-fogo que protege os campos contra aqueles que o incendeiam. Vive nas águas e pode se transformar também numa tora em brasa, queimando aqueles que põem fogo nas matas e florestas.

Descrito como  uma serpente com olhos que parecem dois faróis, couro transparente, que cintila nas noites em que aparece deslizando nas campinas, nas beiras dos rios. Em Santa Catarina, a figura aparece da seguinte maneira: um touro de "pata como a dos gigantes e com um enorme olho bem no meio da testa, a brilhar que nem um tição de fogo".



A versão que predominou foi a do Rio Grande do Sul. Nessa região, narra a lenda que houve um período de noite sem fim nas matas. Além da escuridão, houve uma enorme enchente causada por chuvas torrenciais. Assustados, os animais correram para um ponto mais elevado a fim de se protegerem. A boiguaçu, uma cobra que vivia numa gruta escura, acorda com a inundação e, faminta, decide sair em busca de alimento, com a vantagem de ser o único bicho acostumado a enxergar na escuridão. Decide comer a parte que mais lhe apetecia, os olhos dos animais e de tanto comê-los vai ficando toda luminosa, cheia de luz de todos esses olhos. O seu corpo transforma-se em ajuntadas pupilas rutilantes, bola de chamas, clarão vivo, boitatá, cobra de fogo. Ao mesmo tempo a alimentação farta deixa a boiguaçu muito fraca. Ela morre e reaparece nas matas serpenteando luminosa. Quem encontra esse ser fantástico nas campinas pode ficar cego, morrer e até enlouquecer. Assim, para evitar o desastre os homens acreditam que têm que ficar parados, sem respirar. e de olhos bem fechados. A tentativa de escapar da cobra apresenta riscos porque o ente pode imaginar fuga de alguém que ateou fogo nas matas.

O Boto:


Diz-se que, durante as festas juninas, o boto rosado aparece transformado em um rapaz elegantemente vestido de branco e sempre com um chapéu para cobrir a grande narina que não desaparece do topo de sua cabeça com a transformação.

Esse rapaz seduz as moças desacompanhadas, levando-as para o fundo do rio e, em alguns casos engravidando-as. Por essa razão, quando um rapaz desconhecido aparece em uma festa usando chapéu, pede-se que ele o tire para garantir que não seja um boto. Daí deriva o costume de dizer, quando uma mulher tem um filho de pai desconhecido, que ele é "filho do boto".

Caboclo D’água

O Caboclo d'Água é um ser mítico, defensor do Rio São Francisco, que assombra os pescadores e navegantes, chegando mesmo a virar e afundar embarcações. Para esconjurá-lo, os marujos do São Francisco fazem esculpir, à proa de seus barcos, figuras assustadoras chamadas carrancas. Outros lançam fumo nas águas para acalmá-lo. Também são cravadas facas no fundo de canoas, por haver a crença de que o aço afugenta manifestações de seres sobrenaturais.

Os nativos o descrevem como sendo um ser troncudo e musculoso, de pele cor de bronze e um unico, grande olho na testa. Apesar de seu tipo físico, o Caboclo d'Água consegue se locomover rapidamente. Apesar de poder viver fora da água, o Caboclo d'Água nunca se afasta das margens do rio São Francisco.



Quando não gosta de um pescador, ele afugenta os peixes para longe da rede, mas, se o pescador lhe faz um agrado, ele o ajuda para que a pesca seja farta. Há relatos de que ele também pode aparecer sob a forma de outros animais. Um pescador conta ter visto um animal morto boiando no rio; ao se aproximar com a canoa, notou que se tratava de um cavalo, mas, ao tentar se aproximar, para ver a marca e comunicar o fato ao dono, o animal rapidamente afundou. Em seguida, o barco começou a se mexer. Ao virar-se para o lado, notou o Caboclo d'Água agarrado à beirada, tentando virar o barco. Então o pescador, lembrando-se de que trazia fumo em sua sacola, atirou-o às águas, e o Caboclo d'Água saiu dando cambalhotas, mergulhando rio-abaixo


Caipora:

Caipora é uma entidade da mitologia tupi-guarani. A palavra “caipora” do tupi caapora quer dizer "habitante do mato".

No folcore brasileiro, é representada como um pequeno índio de pele escura, ágil, nu, que fuma um cachimbo e gosta de cachaça.

Habitante das florestas, reina sobre todos os animais e destrói os caçadores que não cumprem o acordo de caça feito com ele. Seu corpo é todo coberto por pelos. Ele vive montado numa espécie de porco-do-mato e carrega uma vara. Aparentado do Curupira, protege os animais da floresta. Os índios acreditavam que o Caipora temesse a claridade, por isso protegiam-se dele andando com tições acesos durante a noite.

No imaginário popular em diferentes regiões do País, a figura do caipora está intimamente associada à vida da floresta. Ele é o guardião da vida animal. Apronta toda sorte de ciladas para o caçador, sobretudo aquele que abate animais além de suas necessidades. Afugenta as presas, espanca os cães farejadores, e desorienta o caçador simulando os ruídos dos animais da mata. Assobia, estala os galhos e assim dá falsas pistas fazendo com que ele se perca no meio do mato. Mas, de acordo com a crença popular. é sobretudo nas sextas-feiras, nos domingos e dias santos, quando não se deve sair para a caça, que a sua atividade se intensifica. 

Mas há um meio de driblá-lo. O Caipora aprecia o fumo. Assim, reza o costume que, antes de sair numa noite de quinta-feira para caçar no mato, deve-se deixar fumo de corda no tronco de uma árvore e dizer: "Toma, Caipora, deixa eu ir embora". A boa sorte de um caçador é atribuída também aos presentes que ele oferece. Assim, por sua vez, os homens encontram um meio de conseguir seduzir esse ente fantástico. Mas fracasso na empreitada é atribuído aos ardis da entidade. No sertão do Nordeste, também é comum dizer que alguém está com o Caipora quando atravessa uma fase de empreendimentos mal sucedidos, e de infelicidade.

Há muitas maneiras de descrever a figura que amedronta os homens e que, parece, coloca freios em seus apetites descontrolados pelos animais. Pode ser um pequeno caboclo, com um olho no meio da testa, cocho e que atravessa a mata montado num porco selvagem; um índio de baixa estatura, ágil; um homem peludo, com vasta cabeleira.

Segundo o folclorista Luís da Câmara Cascudo, "ser caipora é o mesmo que ter azar, ter sorte madrasta, ser perseguido pelo destino (...). Nas lendas tupis, o caapora é representado ora como uma figura de um pé só, à maneira do saci, ora com os pés virados para trás, simbolizando por isso, como diz João Ribeiro, 'a pessoa que chega tarde e nada alcança'.


Iara

Iara ou Uiara (do tupi 'y-îara "senhora das águas") ou Mãe-d'água, segundo o folclore brasileiro, é uma sereia.

Não se sabe se ela é morena, loira ou ruiva, mas tem olhos verdes e costuma banhar-se nos rios, cantando uma melodia irresistível. Os homens que a vêem não conseguem resistir a seus desejos e pulam nas águas e ela então os leva para o fundo; quase nunca voltam vivos. Os que voltam ficam loucos e apenas uma benzedeira ou algum ritual realizado por um pajé consegue curá-los. Os índios têm tanto medo da Iara que procuram evitar os lagos ao entardecer.



Iara antes de ser sereia era uma índia guerreira, a melhor de sua tribo. Seus irmãos ficaram com inveja de Iara pois só ela recebia elogios de seu pai que era pajé, e um dia eles resolveram tentar matá-la. De noite quando Iara estava dormindo seus irmãos entraram em sua cabana, só que como Iara tinha a audição aguçada os ouviu e teve que matá-los para se defender e, com medo de seu pai, fugiu. Seu pai propôs uma busca implacável por Iara. E conseguiram pegá-la; como punição Iara foi jogada bem no encontro do rio Negro com Solimões. Os peixes a trouxeram à superfície e de noite a lua cheia a transformou em uma linda sereia, de longos cabelos e olhos verdes.
Iara era, segundo outros, a deusa dos peixes.

Mapinguari

O Mapinguari (ou Mapinguary) seria uma criatura coberta de um longo pêlo vermelho vivendo na Floresta Amazônica. Segundo povos nativos, quando ele percebe a presença humana, fica de e alcança facilmente dois metros de altura. Seus pés seriam virados ao contrário, suas mãos possuiriam longas garras e a criatura evitaria a água, tendo uma pele semelhante a de um jacaré.O mapinguari também possui um cheiro horrivel semelhante a de um gambá.
Os cientistas ainda desconhecem essa criatura. Uma hipótese que explicaria a existência do Mapinguari, sugerida pelo paleontólogo argentino Florentino Ameghino no fim do século XIX, seria o fato da sobrevivência de algumas preguiças gigantes (Pleistoceno, 12 mil anos atrás) no interior da Floresta Amazônica.

Entre muitos, o ornitólogo David Oren chegou a empreender expedições em busca de provas da existência real da criatura. Não obteve nenhum resultado conclusivo. Pêlos recolhidos mostraram ser de uma cutia, amostras de fezes de um tamanduá e moldes de pegadas não serviriam muito, já que como declarou, “



4 comentários: